quinta-feira, 16 de abril de 2009

Comunicação Interpessoal

"Todos falamos, mais ou menos..."
Sabemos que é impossivel nao comunicar! A forma como o fazemos é que é condicionada pelos nossos preconceitos, educação, atitudes, ideias, interesses...etc. Comunicar implica transmitir e receber uma mensagem, passando-a de uma forma verbal/não verbal e ouvindo/percebendo o que o outro tem para nos dizer, como de um feedback se tratasse. Daí a importancia das definições rigorosas. Quando mais clara e precisa for a minha comunicação, maior é o sucesso da sua compreenção.
A relação humana é tanto mais humana, quanto personalizada e por isso, na hora de comunicar devo estar no "aqui e agora", investindo na qualidade daquilo que quero transmitir.
Como comunicar bem?
Para além a clareza e utilização correcta dos conceitos, devo conseguir: 1º pôr-me no lugar do receptor; 2º dar o maior numero de dados concretos possivel; 3º atender à qualidade de escuta e de linguagem, que muitas vezes se encontra condicionada pelo tempo, pelo interesse e pela predisposição.
Muitas vezes, por muito que queira, não consigo comunicar. Isto acontece porque as conversas introduzem implicações afectivas e facilmente, a afectividade confunde a razão. Contudo, é importante perceber que comunicação social não é comunicação interpessoal. Nesta ultima, ouve-se com o coração, existe uma escuta e um dialogo activo entre duas pessoas enquanto que na primeira, existe apenas uma conversa (usualmente pontual).
Imaginem uma árvore plantada: conseguimos ver-lhe as raizes (Motivação), o tronco a sair da terra (Atitude) e as flores que ela dá (Actos). Por trás de todos os actos, existem atitudes que são condicionadas pela nossa motivação. Muitas vezes, penso que as minhas raizes são identicas ás da pessoa com quem comunico e sendo assim, falo-lhe na linguagem que penso ser similar, transmito-lhe algo que para mim é óbvio (o que é o óbvio?). Porém, não devo esquecer que cada história de vida é individual e tenho de ter presente que se calhar, a "árvore" com quem falo (aparentemente similar) pode ter sido plantada de uma forma diferente de mim, ou seja, as raizes e as flores não são iguais (nunca).
Isto para perceber que a experiência/história pessoal, a memória afectiva e a capacidade de vibração pode efectivamente interferir na tentativa de comunicação. As nossas defesas na hora de comunicar, funcionam como lentes que os outros filtram. Se não souber lidar com as minhas defesas, elas enfraquecem-me.
Comunicação interpessoal implica Sinceridade (da palavra "sin cero" = sem cera, sem máscara) e Respeito.
"Todos nós somos um desenho, que quer ser entendido..."
(Curso Relações Humanas, Pe. Vasco Magalhães, 02/2009)

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