sábado, 11 de abril de 2009

Auto-estima (2): Mecanismos

O consciente transforma os sentimentos do inconsciente. Em todos os comportamentos manifestam-se sensações e sentimentos, sendo que as sensações se encontram para a vida fisica como os sentimentos para a vida psiquica. Assente na premissa de que o desiquilibrio humano advem da afectividade não controlada, da falta de unidade e integração existencial, da intranquilidade e da guerra interior, ou seja, advem desse mal estar e desse conflito que não me deixa ser eu mesmo, podemos entender que este controlo da efectividade e da emoção, nem sempre é possivel porque me encontro enrolado em defesas...
"Uma coisa é defender-se bem, outra coisa é viver à defesa"
Mecanismos de Defesa:
1. Recalcar - É muito comum vermo-nos a controlar os nossos sentimentos; "não posso sentir isto", "não devo sentir aquilo"; Contudo não nos apercebemos que ao recalcar (tentativa de controlar) só estamos a dar mais força ao nosso descontrole (como de uma mola se tratasse);
2. Fazer de Conta - Trata-se de uma forma indirecta de recalcar, enfim...penso que posso "mentir" sobre o meu estado ou ânimo; "ninguem pode reparar que estou furioso";
3. Racionalizar - Uma forma muito de subtil de se desculpar de algo é racionalizando, sublimando tudo aquilo que está para além da razão.
O controlo da afectividade é possivel quando deixo os meus mecanismos de defesa e cumpro mecanismos de aceitação, pois é integrando os meus sentimentos que os controlo e me torno equilibrado.
Mecanismos de Aceitação:
1. Admiti-los - Tomar consciência daquilo que sinto, quando sinto, em que grau sinto, é o primeiro passo para aceitar esse sentimento que passou a ter nome...passou a ser identificado face a uma situação ou pessoa;
2. Racionaliza-los - Se ligar o que sinto a factos e acontecimentos, consigo integra-los na minha história de vida e saber de onde eles surgem. Ao ter conhecimento sobre a causa ou possivel situação de surgimento, consigo prever os meus sentimentos.
3. Relativiza-los - É importante pôr os sentimentos no lugar, ordena-los, dar-lhes o lugar certo. Não quer dizer que não os respeite nem sofra com eles, quer dizer que os devo suavizar ao ponto de lhes dar a devida importância e permanência.
4. Expressá-los - Fazer um investimento arriscado e contar a alguem como eu sou. "Ninguem se aceita sozinho. Ninguem é auto-suficiente. Nós somos as nossas relações, porque são as relações que se estruturam". Nesta ultima étapa é importante escolher a pessoa certa que nos ajuda a pôr os sentimentos na "prateleira" certa. Quando expresso algo, significa que estou à vontade para o fazer... sinto-me eu!!!
Esta é uma nova etapa. Não chega entender-me e expressar-me, tenho de o saber fazer... em relação com o outro e isso, significa aceitar o outro e tudo o que ele me traz (outros sentimentos), sem ter necessidade de me defender (auto-conhecimento). Porque os sentimentos por si só são neutros, não são bons nem maus; apercebo-me que eles são meus, pertencem-me e somente esse facto os torna bons ou maus (para mim).
Queres vir dar um salto? e que tal do EU para o TU? ;)
(adp. Curso Aceitação Pessoal, Pe. Vasco Magalhaes, 10/2008)

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